(fotos Cybele)
Hoje no dia de seu aniversário, 25 de janeiro de 2010, não quero falar de seus problemas.
Não vou falar das chuvas intensas e dos alagamentos causados pela impemeabilização da cidade e pelo lixo jogados pelos próprios moradores.
Nem vou mencionar a falta de policiamento no Centro da Cidade, que fez com que as gangues nos afastassem do que é nosso.
Nem vou mencionar a falta de policiamento no Centro da Cidade, que fez com que as gangues nos afastassem do que é nosso.
Seria indelicado também dizer que as calçadas estão um caos, que muitas ruas precisam de pavimento e que jardins choram abandonados.
Vou deixar de lado os pixadores que enfeiam a paisagem, chamando seus códigos de arte.
Fecharei os olhos para os camelôs que emporcalham o local onde pousam como pombos (ah! estes também!), vendendo suas mercadorias sem origem controlada e burlando impostos.
Darei risada do trânsito e do excesso de veículos, causado pelo incentivo à compra indiscriminada de carros novos.
Farei de conta que a especulação imóbiliária desistiu de destruir a Zona Norte de S.Paulo, colocando abaixo as casas para construir prédios de padrão classe A.
Ficarei com a cidade que me lembro ter tido na minha adolescência nos anos 70, quando não éramos 11 milhões de habitantes, quando brincávamos na rua, quando andávamos de ônibus numa boa, comíamos menos porcaria, estudávamos em escolas públicas e íamos a pé até lá.
Quando ainda tinhamos memória e não nos envergonhávamos de nos dizer paulistanos.
Quando ainda tinhamos memória e não nos envergonhávamos de nos dizer paulistanos.
Quando a programação infantil para crianças não era erótica nem as tratava como limítrofes.
Agradeço a cidade por ter se despido dos feios cartazes que escondiam suas fachadas.
Por estar tentando alargar as ruas e avenidas;
Por estar tentando alargar as ruas e avenidas;
Por ainda ver meu bairro como uma "cidade de interior", com todas as facilidades da "cidade grande";
Por Shopping Centers que ainda são familiares;
Agradeço São Paulo pelos amigos que tenho, pelas pessoas honestas que aqui trabalham, pela solidariedade que demonstra quando se torna necessário assim o ser.
Por Shopping Centers que ainda são familiares;
Agradeço São Paulo pelos amigos que tenho, pelas pessoas honestas que aqui trabalham, pela solidariedade que demonstra quando se torna necessário assim o ser.
E sonharei para que surja em São Paulo um novo Burle Max, para dar mais verde pra gente, mais flores, mais árvores, mais jardins e parques com sombra fresca.
Isso tudo porque sou paulistana e ainda acredito na minha cidade.
Isso tudo porque sou paulistana e ainda acredito na minha cidade.
Um comentário:
Ai amiga, que lindo! Eu tb ainda acredito que um dia tudo isso vai melhorar e nós poderemos dizer com orgulho que somos paulistanos. Beijao pra voces.
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