
No momento que vejo a tela em branco vem uma angústia, como se fosse me deparar com o nada, um desafio,porém a medida que o desenho aparece e a pintura vai crescendo a vontade é de estar sempre perto deste trabalho.
O que tem sido bastante interessante nessa minha nova fase de vida é que para pintar estou retomando algumas fotos muito antigas, que tirei em alguns passeios, e também estou mais atenta a outras imagens e fotografando sob outros ângulos.
Não importa muito o tema: o processo de aprendizagem é que é o mais importante. Aprender a dominar a cor, o conjunto, a pincelada. O traço vai crescendo também, a vista (agora mais fraca) percebe de outra maneira, melhor do que quando enxergava melhor.
E exigir qualidade, acima de tudo, não para os outros, mas para mim mesma.
Pintar tem me ajudado a deixar os ombros mais leves, a cabeça mais tranquila.
Melhor que reposição hormonal, que medicamentos para isso ou para aquilo, melhor que ficar resmungando sobre as dores disso e disso.
Pintar me faz analisar as diversas faces de um mesmo momento.
E o rascunho acima ainda está no cavalete, crescendo...
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