segunda-feira, 28 de setembro de 2009

ALGUNS NASCERAM PARA CUIDAR.

NESTE FINAL DE SEMANA reencontramos várias amigas de turma que agora também estão na reserva e,como não poderia deixar de ser, cada uma contou o que tem feito depois que "parou de trabalhar" (note: está entre aspas). Uma está gerenciando o orçamento de toda a família, outra está reformando a casa, outra concluiu o mestrado e assim por diante.

Uma destas amigas quase ficou viúva, após seu marido, muitos anos mais moço que ela, ter contraído 2 (duas!) doenças silvestres raras em seguida (vai virar caso de monografia de residente). Explicando como tudo aconteceu, ela conclui com a seguinte frase:"-É, eu pensei que, pelo curso natural da vida,ele é quem iria cuidar de mim, afinal eu sou mais velha que ele, mas não é bem assim que acontece, não é?!"

E fiquei pensando que meu caso também é muito parecido com o dela. Meu marido é muito mais novo que eu...e muito mais doente que eu! Há tempos atrás eu vivia levando-o pra Emergência do hospital, por picos de pressão alta que não cediam com simples medicamentos. Coisas de estilo de vida, implantados por minha doce sogrinha (adorava ver os filhos gordos!) e por sua própria complacência consigo mesmo, nunca parando de comer até que não terminasse toda uma travessa. Estresse, cabeça ruim, espírito de "justiceiro", sedentário +++++, ex-tabagista. E sobrava pra mim e pras minhas filhas aguentar o tranco do "-Eu sei o que estou fazendo!".

Durante a conversa com essa minha amiga, lembrei-me do que aconteceu com meu avô. Seu filho caçula era alcoólatra e tinha depressão. O pai acabou cuidando do filho, até a morte deste em sua cama. Creio que enquanto meu avô cuidou de meu tio, ainda encontrava motivo para viver seus últimos anos, já bem avançados. Depois foi minha vez de cuidar dele, dentro de minhas poucas possibilidades.
Hoje eu penso se também não faço parte desse grupo de pessoas que vive para cuidar dos outros, para não ficar doente também. Será que sou?
Espero que seja só mais uma das guinadas da roda da vida e aguardo pacientemente os bons momentos também.
Que minha amiga possa curtir a sua aposentadoria numa boa, sem o medo de uma foice invisível pairando sobre sua cabeça, a espera que, quando ela para de cuidar, venha a ser ceifada também.
Só coisas boas agora, Ana!
Para todas nós!

Nenhum comentário:

Marcadores

abobrinha acrílico açúcar mascavo Aeronáutica alcachofra Alemanha almôndegas Altamiro Carrilho Alzheimer amigos amora animações animais aniversário Ano Novo anos 60 antroposofia Aparecida aposentados arroz artes plásticas artesanato Áustria aveia avelãs azeite bacalhau bairro bananas barbante Barbara Fürstenhöfer batatas Bienal do Livro SP bifum bijuteria biscoitos biscouit bolinhas bolinhos bolos bombons boneca brinquedos Bruce Buche de Noel café capas casinha de bonecas casinhas de papelão castanhas catupiry CD cenoura cerâmica chantily charges cheesecake chocolate chorinho chuchu chuvas de verão cidade cinema clima Clube da Aeronáutica (RJ) coalhada coberturas coco cogumelos colar comida caseira compotas condomínio confeitaria confeitos contos de fadas coragem coral corrida de São Silvestre costura cotidiano cremes CRFA crianças cristãos crochê crônica culinaria culinária culinária. livros cultura Cunha cupuaçu damascos decoração Dengue desenhos dia de reis dicas doces docinhos documentos educação empadas Encontro QFO enfeites entrada ervas escultura FAB familia família farinha farinha integral feltro festas fitas flores fonoaudiologia forno foto fotos antigas framboesa frango frituras frutas frutas cristalizadas frutas secas frutos do mar Fundação Casper Líbero ganache gatos gelados gelatina geléia genealogia glacê real golpes grãos gratinado gratinados groselha guaraná guirlanda Helena Sangirardi História histórias idéias para festas idoso imaginação imigrantes imitação. inspiração intercâmbios interior inverno iogurte Japão Jesus Julia Child lanches laranja latex legumes leite lembrancinha liquidificador livros Lua Azul lula macarrão macarrão. cogumelo maçãs mães maisena marshmallow massa biscuit massa folhada massas massas salgados melão mexerica mexilhão miçangas militares mirtilo mocidade moda modelagem molhos Mômo morango mousse mulheres mulheres militares mundo música nata natal natureza nostalgia nozes Olgas Olimpíadas do Rio2016 orgânicos orquideas outono ovos paçoquinha paella pães palmito pão pão de mel pão-de-ló papelão Páscoa passas passatempos passeios pasta americana pastel pastelão pavê pedrarias peixes Pentecostes pesquisa pets Pinacoteca pintura pinturas pirulito pizza polvo pôr-do-sol Portugal Praça Benedito Calixto pratos etnicos presentes primavera professor professores profissionalismo psicologia pudim QFO queijo radio recheios reciclagem reclamação reflexões debaixo do pé de couve refogados reformas reserva resina restauração. retalhos retro ricota Rio de Janeiro rocambole rocamboles rosas roubo sacolinhas saladas salgados salmão salsinha São Paulo sapateira sashimi Sebastian seriados sites sobremesas soja sopa instantânea sorvetes spam stollen strudell suco artificial suflê sujeira supermercado suspiro tâmaras tapete tapioca tecidos terremotos torta tortas trânsito trigo TV uvas vapor vegetais vestido viagem vida na caserna vila inglesa vintage virus vizinhança vôngole voz Waldorf wassabi

Total de visualizações de página