Como é forte a presença da comida e da cozinha nas obras acadêmicas! Acho que por ser uma fator importante na vida dos seres humanos.
Então, deixo alguns detalhes aqui para vocês também observarem, da próxima vez que forem à Pinacoteca.
As bananas: parecem aquelas bananinhas que se vendem na estrada, quando a gente vai pro litoral.
Acho que os pêssegos foram batidos. Aqui, diversas texturas e materiais (pano, cobre, madeira, louça, liso áspero, rugoso...)
Que maldade, colocar o bicho morto com o pescoço pendurado!
Limões sicilianos.
Jaca, carambola, pinha (condessa)...
O quadro chama-se "Os aspargos", mas a gente não tira os olhos do coelhinho morto ao fundo, ´tadinho! Bem abaixo, à esquerda, não parece que são três pacotinhos de fermento Fleischmann? E o que será que tem nas garrafas? Aceto balsâmico?
A vovó mostra o coelhinho para a neta no colo. Era comum ter horta e "criação" em casa.
Uma cozinha na roça, com o forno de lenha à esquerda (pra assar) e o fogão ao fundo (para cozinhar). Um pilão para socar (paçoca de pilão é uma delícia).
A velhinha está catando milho ou feijão?
Laranjas, limões, etc. Tacho de cobre, cesto de palha, gamela de barro.
"Negra Quituteira", com os vidros ao fundo. Ela está tão cansada, ou está muito calor e ela deu um cochilo.
"América", mostrando um "churrasco humano", cena de canibalismo imaginada pelo pintor europeu (quadro de autoria desconhecida). Visão idealizada do que seria a vida selvagem, com os biotipos mais para europeus do que para indígenas.
2 comentários:
Minha amiga, também adoro a Pinacoteca, é um senhor passeio quando vou a Sampa!
Gosto bastante de observar a comida na visão dos mestres das telas, mas esse churrasco humano me deixou intrigada,
Quem seria o idealizador dessa "história" hein?
Este quadro não tem autor identificado. Deve ser porque a técnica lembra muitos pintores da época e nenhum em particular, então a Pinacoteca não refere o pintor. Um livro legal para ver algo sobre isso é o do Eduardo Bueno, "Brasil: uma História".
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