Wall E se tornará, sem dúvida, um dos clássicos de animação.
Não só pela qualidade do trabalho visual, como também pelo desenvolvimento da história, pelo crescimento de seus personagens.
Reprisado inúmeras vezes na TV, ele me chama atenção neste exato momento pelos problemas que estamos vivendo de maneira global, com a devastação do Japão pelos terremotos, pelo tsunami e agora pela radiação atômica, além da guerra na Líbia, que aos poucos se torna um novo conflito mundial.
O cenário de Wall E na Terra devastada pelo lixo e poluição amargura. Logo de início vemos uma Terra vazia, com apenas o pequeno trabalhador mecânico compactando lixo e o empilhando, como grandes edifícios, e sua baratinha de estimação.
Nada longe do que estamos agora, se contarmos que não temos também onde despejar tanto lixo, principalmente o atômico, que estamos produzindo fanaticamente.
Wall E passa 700 anos sozinho e algo lhe acontece: ele, uma máquina, ganha "sentimentos" e mais tarde ensina a EVA, uma unidade exploradora da nave errante terráquea, a também sentir e acima de tudo questionar.Assisto Wall E sempre procurando ver mais coisas no cenário, pegar mais piadinhas de duplo sentido, reconhecer os personagens de outras produções que foram ali alocados: o Navegador é o robot de "2001: Uma Odisséia no Espaço" e tem as mesmas características ao enfrentar o Capitão da nave.
Assistam também o Wall E, não sem um pouco de desgosto pelo que em breve iremos fazer com a Terra.
Infelizmente, já começamos o processo.
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