Eu fico pensando sempre naqueles que montam seus negócios e não se preocupam com a imagem, a sua própria imagem, que é sua propaganda, seu cartão de visitas.
Fica difícil alguém confiar numa manicure que rói as unhas, em alguém que faz alimentos com as roupas imundas, num pneumologista que fume.
Pois foi nesta manhã, voltando de um café da manhã de aniversário (depois escrevo a respeito), que me deparo com um caminhão, imundo, parado na minha frente no sinal de trânsito. Quando li de qual firma era, não aguentei e tive que tirar a foto: "produtos de limpeza automotiva", "produtos de limpeza linha veterinária"! Que baita contra-propaganda! Como é que a gente pode confiar numa firma que se propõe a desenvolver produtos de limpeza, se os seus próprios caminhões precisam de uma bela faxina?!?!!?
No caminho de casa, muitas vezes encontramos estas pérolas, mas nem sempre nos ligamos. Minha ajudante, fiel escudeira das quintas-feiras, me lembrou de outra. "-A senhora já viu a casa daquele pedreiro, azulejista, encanador, pintor e tudo mais? Está caindo aos pedaços e o sujeito fica lá, de papo pro ar, sem fazer nada a qualquer hora que se passe em frente!"
Fica difícil acreditar que o sujeito é um bom trabalhador e que vai te fazer um bom serviço. Eu, pelo menos, não confiaria, acho que fica a critério de cada uma...
Na minha opinião, estes lapsos são na verdade uma falta de capricho, o que diferencia um do outro, o bom do porcalhão. E não é porque o sujeito é "pobrezinho", ah! coitadinho do sujeito! que justifica ele se lambão.
Vejo a cada minuto gente sendo obrigada a "ingressar na economia informal", mas que o faz com muita classe, com categoria, com educação e respeito ao seu cliente, mesmo que esteja vendendo cachorro-quente ou tapioca na rua. É por estes, os caprichosos, que eu torço! Para que dê tudo certinho pra eles e que a vida lhes seja sempre melhor.
Pros outros, um pedaço de sabão de coco e uma chuveirada não seria nada mal...
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